À medida que envelhecemos há possibilidade de degeneração do sistema auditivo, levando à dificuldade auditiva que é denominada PRESBIACUSIA.
É o déficit sensorial mais comum no idoso e muito prevalente na população mundial acima dos 65 anos. De acordo com estudos norte-americanos a sua prevalência é de 25% nos indivíduos entre 65-70 anos, 45,6% entre 70-74 anos, 67,6% entre 75-79 anos, 78,2% entre 80-84 anos e 80,6% acima dos 85 anos.
Seu diagnóstico é feito pelo médico otorrinolaringologista e pela avaliação audiométrica realizada pelo fonoaudiólogo.
A repercussão social da presbiacusia é imensa, pois muitas vezes o indivíduo escuta mas não entende, levando ao isolamento social. A própria família muitas vezes não tem paciência com o idoso e ele acaba isolado das conversas dentro da própria casa, propiciando quadros depressivos. Outro aspecto a ser discutido é que a privação auditiva e o isolamento favorecem a deterioração cognitiva podendo precipitar o aparecimento de quadros demenciais.
Sabidamente, à medida que ocorre o envelhecimento das vias auditivas periféricas, ocorre diminuição do estímulo neural nas vias auditivas centrais do sistema nervoso central onde ocorre o processamento auditivo, de onde vem muitas vezes o comprometimento do entendimento das palavras. Portanto, a estimulação destas vias com os aparelhos auditivos de amplificação sonora (AASI) que auxiliam na reabilitação auditiva deve ser feita precocemente. Na nossa vivência clínica observamos que a adaptação tardia do AASI é mais difícil, pois já houve prejuízo neural, às vezes requerendo terapia de reabilitação de processamento auditivo central para conseguirmos resultado favorável.

