Cada vez mais o tema envelhecimento vem sendo abordado. A senescência (velhice) é algo natural e irreversível. Com o passar dos anos, os indivíduos sofrem mudanças, tanto nos aspectos biológicos, como social e psicológico.
Com o passar dos anos, nossa audição entra em processo de envelhecimento. Este processo é provocado pelo desgaste fisiológico das células auditivas e recebe o nome de Presbiacusia (Perda Auditiva na Terceira Idade). Normalmente, esse problema ocorre a partir dos 60 anos.
Estudos comprovam que a perda auditiva na população idosa ocorre de 5 a 20% nos indivíduos com 60 anos de idade. Essa incidência aumenta para 60% nos indivíduos a partir dos 65 anos.
A deficiência auditiva no idoso, denominada de Presbiacusia, resulta em efeitos negativos não só do ponto de vista social e emocional, como também na qualidade de vida do idoso. É um dos distúrbios da comunicação mais incapacitantes, impedindo-o de desempenhar o seu pleno papel na sociedade, porque não só provoca uma privação sensorial, mas acarreta uma dificuldade de compreensão da fala daqueles que o cercam, dificultando a comunicação.
Normalmente, no início, a Presbiacusia compromete o entendimento de sons agudos, sendo quase imperceptível nesse estágio. No entanto, à medida que avança a pessoa começa a ter dificuldades de audição e compreensão da fala, por isso é comum queixas de “Ouço, mas não entendo”. No dia-a-dia nota-se as seguintes situações:
- TV e Rádio com o volume alto para o idoso conseguir ouvir
- Dificuldade em ouvir o telefone e a campainha
- O idoso pode começar a falar mais alto que o de costume
- Pode perceber um Zumbido constante
- Além de criar hábitos de pedir para as pessoas repetirem o que disse e sempre dizer: O que? Hã? Hein?
A Presbiacusia é Irreversível. Infelizmente não há tratamento capaz de restabelecer a audição normal de quem perde a audição com o envelhecimento. Entretanto, há alternativas que podem fazer com que os idosos mantenham sua qualidade de vida. Os Aparelhos Auditivos (AASI) têm um papel fundamental no processo de retomada da qualidade de vida das pessoas com Perda Auditiva. Nas últimas décadas, os aparelhos auditivos passaram por verdadeiras revoluções tecnológicas e, hoje, oferecem mais conforto, potência e conectividade. Apesar disso, o Aparelho Auditivo não traz a audição de volta. Com ele, volta-se a ouvir as frequências de sons que já não se ouve mais, porém a perda na audição permanece.
É preciso intervir com o uso de um Aparelho Auditivo para que a progressão da perda auditiva se dê de uma forma mais lenta.
À medida que envelhecemos, as pequenas células ciliadas do ouvido interno começam a se decompor e não são mais capazes de captar certas vibrações sonoras tão bem como antes. A falta de estímulos sonoros pode fazer com que essas células percam ainda mais sua capacidade de captação. A estimulação sonora pode ser feita através do uso de um Aparelho Auditivo adequado.
O primeiro passo para avaliar se já existe perda na audição, é procurar um Fonoaudiólogo para realização dos Exames de Audiometria Tonal e Vocal, onde será detectado a presença, o tipo e o grau da Perda Auditiva. Com os exames em mãos, deve-se passar pelo Médico Otorrinolaringologista para que o mesmo indique o uso do Aparelho Auditivo. A seleção e adaptação do melhor Aparelho Auditivo será feito pelo Fonoaudiólogo.
A atuação do fonoaudiólogo junto ao idoso é muito importante. Os recursos utilizados para a reabilitação auditiva auxiliam no sentido de minimizar a dificuldade de comunicação, uma vez que possibilitam a melhora no desempenho auditivo e proporcionam maior integração do idoso na sociedade.
